Sobre livros e pessoas
Uma amiga disse ainda a pouco:
"A relação das pessoas com os livros define o seu caráter" e penso na minha família "tarada" por livros.
Minha família é tão tarada por livros, que quando tem visita deles em casa, mostramos o cofre, mas não partilhamos a estante. Na verdade, pensando bem agora me dou conta que as estantes nas casas dos meus irmãos têm portas. Os livros ficam guardados e protegidos dos olhos profanos. Outro hábito que temos; encapamos os livros para ninguém saber o que estamos lendo. Os livros didáticos são encapados com com capas transparentes (todos sabem o nosso interesse acadêmico)
Os livros de ficção são encapados com papéis bonitos;
Os livros místicos, religiosos, de bruxaria são encapados (e penso que fui eu que iniciei esta tradição, são encapados com encarte de lojas ou encarte de jornal. Funciona assim: No jornal vem o encarte de mercado, das Casa Bahia, Lojas de departamento.... encapamos com eles. Eu, particularmente encapo os livros de budismo e taoísmo com os encartes lindos das camisaria Pool porque o papel é de excelente qualidade; os livros da Maçonaria são encapados com encarte de mercado ou de loja de tintas (mas esse detalhe minha família não sabe, daí que, como tenho muitos interesses eles não sabem qual pegar)
Minha irmã N° 1 e meu irmão N°3 são Rosacruzes, então eu já sei que aquele livro encapado com encarte (" encartado) é da Rosacruz e nem pego. Ainda sobre minha irmã N°1 ela tem outros estudos ocultos cujos livros são encapados de preto e nem os vemos em lugar algum(devem estar no cofre da fábrica). Como. Meu irmão N.2 aprendi a gostar de literatura russa quando ele levou uma coleção de livros com histórias fantásticas traduzidas em Português.
Minha N° 2 já foi, ou é, Hare Krishna, já foi Druida acho que ainda é um tanto de tudo mas ultimamente é da Sumilight e da Ponte para a Liberdade, anda junto com os Mestres Ascensionados, então sei que os livros "encartados" têm essa origem.
Minha irmã N°6, como eu, tem muitos interesses, mas como minha mãe, "encarta" sem critérios.
Meu filho herdou a tara por livros em sua casa, ao menos três livros na cabeceira, abertos, ou marcados mostrando que estão sendo lidos. Ele não os encarta, também não os leva pra rua e se os leva, lê discretamente. Na estante , escondida em seu quarto, livros sobre cinema, comportamento, Filosofia , Psicologia e muitas biografias, algumas descaradamente minhas que "criaram pernas" e foram para a casa dele.
Lembro do meu tio Régis (Ginal), era ator, tinha a carteira de trabalho assinada pela SBAT, fazia tournées com suas montagens; trabalhou um tempo para a TVE.
A imagem que guardo do tio Ginal é dele sempre com suas sandálias de couro - um "currulepe"- (ele não usava sapatos nem em casamento, nem em entrega de troféus,, nem na TUPI, apenas uma sandália melhor que o seu velho "currulepe").
Tio Ginal sempre andava com um livro embaixo do braço, nas mãos ou na bolsa à tiracolo. Onde quer que parasse , sentado ou em pé,abria seu livro.
Com meu Tio Ginal conheci teatrólogos brasileiros, conheci o FEBEAPÁ, O roteiro para Morte e vida Severina, O Diário de um Louco entre tantos outros que lia para transformar em roteiro. Tio Ginal, só emprestava seus livros para Mainha. Houve um tempo que ele não podia andar com "certos" livros . Era mulato, gay, ator, inteligente como bom virginiano e ainda andava com aquela literatura incompreensível para os homens no Poder. Então, tio Ginal os deixava lá em casa na estante da minha mãe, trancados no "quarto de santo".
Meu pai adorava história Ciência, astronomia e histórias fantásticas. Com ele aprendi a ler a Bíblia com um olhar antropológico e a ver fenômenos científicos em passagens como no caso do dilúvio e da que da de Sodoma e Gomorra, da estátua de sal. Ele ele enxergava os fenômenos além da fé cega faca amolada.
"A relação das pessoas com os livros define o seu caráter" e penso na minha família "tarada" por livros.
Minha família é tão tarada por livros, que quando tem visita deles em casa, mostramos o cofre, mas não partilhamos a estante. Na verdade, pensando bem agora me dou conta que as estantes nas casas dos meus irmãos têm portas. Os livros ficam guardados e protegidos dos olhos profanos. Outro hábito que temos; encapamos os livros para ninguém saber o que estamos lendo. Os livros didáticos são encapados com com capas transparentes (todos sabem o nosso interesse acadêmico)
Os livros de ficção são encapados com papéis bonitos;
Os livros místicos, religiosos, de bruxaria são encapados (e penso que fui eu que iniciei esta tradição, são encapados com encarte de lojas ou encarte de jornal. Funciona assim: No jornal vem o encarte de mercado, das Casa Bahia, Lojas de departamento.... encapamos com eles. Eu, particularmente encapo os livros de budismo e taoísmo com os encartes lindos das camisaria Pool porque o papel é de excelente qualidade; os livros da Maçonaria são encapados com encarte de mercado ou de loja de tintas (mas esse detalhe minha família não sabe, daí que, como tenho muitos interesses eles não sabem qual pegar)
Minha irmã N° 1 e meu irmão N°3 são Rosacruzes, então eu já sei que aquele livro encapado com encarte (" encartado) é da Rosacruz e nem pego. Ainda sobre minha irmã N°1 ela tem outros estudos ocultos cujos livros são encapados de preto e nem os vemos em lugar algum(devem estar no cofre da fábrica). Como. Meu irmão N.2 aprendi a gostar de literatura russa quando ele levou uma coleção de livros com histórias fantásticas traduzidas em Português.
Minha N° 2 já foi, ou é, Hare Krishna, já foi Druida acho que ainda é um tanto de tudo mas ultimamente é da Sumilight e da Ponte para a Liberdade, anda junto com os Mestres Ascensionados, então sei que os livros "encartados" têm essa origem.
Minha irmã N°6, como eu, tem muitos interesses, mas como minha mãe, "encarta" sem critérios.
Meu filho herdou a tara por livros em sua casa, ao menos três livros na cabeceira, abertos, ou marcados mostrando que estão sendo lidos. Ele não os encarta, também não os leva pra rua e se os leva, lê discretamente. Na estante , escondida em seu quarto, livros sobre cinema, comportamento, Filosofia , Psicologia e muitas biografias, algumas descaradamente minhas que "criaram pernas" e foram para a casa dele.
Lembro do meu tio Régis (Ginal), era ator, tinha a carteira de trabalho assinada pela SBAT, fazia tournées com suas montagens; trabalhou um tempo para a TVE.
A imagem que guardo do tio Ginal é dele sempre com suas sandálias de couro - um "currulepe"- (ele não usava sapatos nem em casamento, nem em entrega de troféus,, nem na TUPI, apenas uma sandália melhor que o seu velho "currulepe").
Tio Ginal sempre andava com um livro embaixo do braço, nas mãos ou na bolsa à tiracolo. Onde quer que parasse , sentado ou em pé,abria seu livro.
Com meu Tio Ginal conheci teatrólogos brasileiros, conheci o FEBEAPÁ, O roteiro para Morte e vida Severina, O Diário de um Louco entre tantos outros que lia para transformar em roteiro. Tio Ginal, só emprestava seus livros para Mainha. Houve um tempo que ele não podia andar com "certos" livros . Era mulato, gay, ator, inteligente como bom virginiano e ainda andava com aquela literatura incompreensível para os homens no Poder. Então, tio Ginal os deixava lá em casa na estante da minha mãe, trancados no "quarto de santo".
Meu pai adorava história Ciência, astronomia e histórias fantásticas. Com ele aprendi a ler a Bíblia com um olhar antropológico e a ver fenômenos científicos em passagens como no caso do dilúvio e da que da de Sodoma e Gomorra, da estátua de sal. Ele ele enxergava os fenômenos além da fé cega faca amolada.
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