Você também é nresponsável.
Esta música determinou a escolha da minha profissão nesta vida.
Em 1971, aos oito anos de idade, decidi que seria professora, igual às minhas. Em 72, comecei a alfabetizar uma moça chamada Maria do Livramento que tinha um sonho simples: parar de "trabalhar na cozinha dos outros" dizia ela, para trabalhar numa fábrica de confecções, a antiga Guararapes.
Aos dez anos, escrevia as cartas de D. Soledade, nossa vizinha e mãe de minha única amiga de infância, cujos filhos não tinham lá muita paciência para escrever suas cartas aos parentes que viviam no interior.
Escrevi as cartas de D. Soledade até os onze anos, depois meu pai não permitiu mais por achar que podia ter algum conteúdo impróprio ou sigiloso e não era para a filha dele estar metida em "conversas de Candinha". Ele só me deixava dar aulas para Livramento , só porque ela trabalhava na Casa de Seu Zé Lima com o qual não se bicava. Meu pai sentia alegria ao saber que a moça ia (e foi para a fábrica Guararapes lá em Potilândia ou Lahoa Seca). Ele me perguntava, você garante que ensina a ela Lulu? Depois não quero aquele velho falador reclamando.
A despeito da minha história com esta música, lembro que tudo o que esses rapazes cantavam era apropriado aos olhos dos Generais do Regime Militar para suas campanhas nacionais. Até que eles pararem mesmo de cantar e não se sabe onde estão. Quem os ouve, logo associa ao governo militar. Eles, na verdade, só queriam cantar, mas os milicos não lhes davam sossego. Toda música eles tinham que colocar algo sobre o país.
E agora eu vejo que tenho mais uma história das minhas lembrançasDon e Ravelhttps://youtu.be/G6kwbZIHZmA
Em 1971, aos oito anos de idade, decidi que seria professora, igual às minhas. Em 72, comecei a alfabetizar uma moça chamada Maria do Livramento que tinha um sonho simples: parar de "trabalhar na cozinha dos outros" dizia ela, para trabalhar numa fábrica de confecções, a antiga Guararapes.
Aos dez anos, escrevia as cartas de D. Soledade, nossa vizinha e mãe de minha única amiga de infância, cujos filhos não tinham lá muita paciência para escrever suas cartas aos parentes que viviam no interior.
Escrevi as cartas de D. Soledade até os onze anos, depois meu pai não permitiu mais por achar que podia ter algum conteúdo impróprio ou sigiloso e não era para a filha dele estar metida em "conversas de Candinha". Ele só me deixava dar aulas para Livramento , só porque ela trabalhava na Casa de Seu Zé Lima com o qual não se bicava. Meu pai sentia alegria ao saber que a moça ia (e foi para a fábrica Guararapes lá em Potilândia ou Lahoa Seca). Ele me perguntava, você garante que ensina a ela Lulu? Depois não quero aquele velho falador reclamando.
A despeito da minha história com esta música, lembro que tudo o que esses rapazes cantavam era apropriado aos olhos dos Generais do Regime Militar para suas campanhas nacionais. Até que eles pararem mesmo de cantar e não se sabe onde estão. Quem os ouve, logo associa ao governo militar. Eles, na verdade, só queriam cantar, mas os milicos não lhes davam sossego. Toda música eles tinham que colocar algo sobre o país.
E agora eu vejo que tenho mais uma história das minhas lembrançasDon e Ravelhttps://youtu.be/G6kwbZIHZmA
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