Procurando pistas no vilarejo

Num lugar lindo, afastado do centro urbano, uma aldeia, uma vila com casas simples mas, bem cuidadas, janelas e portas simples pintadas em azul, umas de madeira, mas não tipo chalé, casas simples de madeira que demonstravam os poucos recursos daquelas pessoas. Mas a vista é linda. Ao longe no horizonte uma cadeia de montanhas  de onde pode-se avistar o cinza das torres dos arranhas-céu  de uma cidade distante. Aqui, o cheiro de mato, do barro, da rua ainda não totalmente asfaltada. Entro numa vila de casa pois preciso comprovar algo que ainda não sei o que é, mas algo que a minha mãe vem escondendo de mim. Entro e lembro da casa do meu irmão. Por onde ele anda agora? E porque a teimosia em manter esteol imóvel depois de tanto tempo? Encontro a chave e entro na casa simples de poucos cômodos Sala, quarto, cozinha banheiro e quintal com vista para o vale lá embaixo e as montanhas no horizonte. Faço uma espécie de reconhecimento do local tentando encontrar lembranças do meu irmão, provas de que ainda esteja ou que tenha estado por lá. De algum modo, tenho a impressão que ainda mora gente naquela casa. Talvez sua ex mulher ainda pres às lembranças do passado. Por onde andará meu irmao? 
Vejo os móveis tão familiares, uma estante arca de madeira em tom escuro com alguns livros arrumados em uma das prateleiras . Em outra um porta retratos mas não consigo identificar os rostos por mais que eu me esforce, peças de decoração, uma estatueta mas não consigo identificar de que ou que representa . O sofá arrumado com um manta por cima, um aparador ao canto na parede de fundo com papéis , anotações, óculos. Sim, decididamente alguém mora ali. Vejo peças de roupa de bebê e lembro que há um bebê, mas não sei de quem,ou quem. 
Minha memória está comprometida, preciso resgatar a minha história. Pergunto a mim mesma; 
--Quem eu sou? 
Em minha mente apenas flashes de um passado com irmãs, irmãos, uma crianca, os cheiros da floresta ao longe, a impressão de que vai chover e a imagem da minha mãe que eu não sei onde está. Ouço um choro de criança é preciso vê-la. Penso:  Criança é sempre um bom presságio, é sinal de vida a ser vivida, de esperança de vê-los adultos. Criança é vida. Vejo entrar uma mulher, não a conheco, não é minha cunhada,mas age como se tivesse sido. Uma mulher de uns vinte e cinco anos,  tidabia, aparentando ser muito mais nova, magra, de pele alva e cabelos alourado, a criança linda e sorridente é dela.  Ela lhe troca as fraldas em cima do sofá. A criança sorri para mim e a mãe pede para que eu a pegue no colo por um momento. Pego o bebê e aquilo me faz lembrar de alguma coisa. Um filho talvez. Mas o que me vem a mente é que eu levava minha irmãzinha no colo. A mãe da criança arruma tudo numa bolsa, pega o bebê sorridente e sai para os fundos da vila.
Fico lá tentando lembrar do passado ou saber sobre o que se trata minha ida àquele lugar.  Sou tomada por lembranças confusas da minha irmã mais velha me advertindo sobre algo, minha mãe dizendo pra guardar segredo daquele lugar. Atordoada por lembranças que não reconheço vou ao quintal e lá o chão é de terra, há um tanque de cimento junto  a parede, um varal de roupas com apenas os pregadores de roupas. Não há cerca, não há muro de divisão do quintal vizinho. De onde estou posso ver um vale lá embaixo e as montanhas ao longe, bem como a cidade, só que daqui, diferentemente de quandonentrei na casa, a visão é magnifica, a cidade brilha iluminada pelo sol e as montanhas parecem esconder uma profunda floresta. Finalmente vejo minha mãe ao meu lado dizendo que preciso ir pois vai chover. Então me dou conta do cheiro de chuva anunciada, olho as nuvens, muitas nuvens no céu que estava completamente limpo quando cheguei. E lá no meio do céu vejo descer um feixe de uma fumaça negra, um feixe como um jato fino de fumaça que desce derramando, pingando gotas de nuvem cinza-chumbo. Minha mãe ignora meu esforço para que ela veja. Olha e ignora. Decido ignorar pois deve ser normal, ouço crianças e latidos, viro-me para os quintais vizinhos e vejo uma menina brincando com vários filhotinhos de labrador. Pego alguns no colo e penso: filhotes são sempre sinal de boa sorte.  Uma menina alegre com aqueles filhotinhos., Que cena linda para eu lembrar do que preciso lembrar ali mas nada acontece.
Lembro apenas que preciso comprar uma vasilha para ferver água na feira livre em frente a porta da vila. Mas a chuva está fazendo com que todos recolham seus produtos, vou tentar comprar mas já está tudo embalado vou a outra banca e a mulher diz que acabou de guardar. De repente, um homem, com aspecto de um mouro puxa-me  pela barra da blusa para eu comprar em outro local que estava coberto, sua banca,  mas ele me oferece outras coisas que não quero. Digo-lhe que não, mas ele insiste em continuar me puxando agora com mais força eu falo mais alto e séria que não quero  ele ignira e continua a me puxar. Começo a gritar por socorro, grito, grito mas ninguém me escuta. Eu fujo e me recolho dentro de um predio lá dentro, do corredor ouço uma juíza condenado aquele homem, e sua voz era a minha. ela condenava e falava baixo um xingamento, como eu mesma o faria diante da indignação. No corredor vejo a a mulher que eu encontrara na casa com a criança no colo. Ela me ensina algo. Abrir suas pripria bocaparanreceber onsopro da criança que põe o nariz em sua boca xomonque sugando o ar de dentro da mae e soprando nela seunproprio ar.
Ela fica ali, recebendo a respiração da criança e depois me diz que aquilo faz bem para ambas.
...... A concluir....

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