Les Misérables
Saindo da Saraiva após ler o primeiro capítulo de Os miseráveis, vou ao Itaú pagar uma conta. Duas crianças, duas meninas entre 9, 10 anos "morando" , com cãozinho e tudo dentro do espaço reservado aos caixas eletrônicos.
A despeito daquele caixa ser o mais assaltado e ter o maior índice de "saidinha de banco" na Tijuca (Conde de Bonfim com General Rocca), uma fila enooorme indo até parte da calçada. Lá dentro, ao lado direito da porta, uns trapos estendidos como cama, sacolas plásticas, um pratinho com ração para o filhotinho bem novinho, com cara de doente e que permanece deitado como bom filhote. Senti logo o odor forte de comida de cão já passada. E as meninas sorridentes pedindo um dinheiro a quem entra e a quem sai. Um rapaz abre sua sacola de compras e retira um saco de ração, abre e despeja um tanto numa sacola de plástico, o que as meninas aceitaram de bom grado. Fiquei surpresa com a confiança delas em conseguir mais pois uma disse a outra. Nossa, ele colocou muita comida, não precisava!
Todos que entravam olhavam as meninas. Uns ignoravam, outros olhavam com pena , outros com desprezo como se aquilo fosse o cúmulo pois nem debtro do banco se está livre de pedintes.
Uma senhora olhou com cara de desaprovação e eu, só consegui exclamar alto e quase chorando. "Que porra de sociedade é esta onde nós permitimos privilégios a bandidos, aposentadoria para parlamentar e uma hora dessas,( quase 20 horas), crianças se expondo a execração pública e a perigos."
O povo na fila me olhou com ares de tô nem aí e seguiu em frente.
O enredo de Os Miseráveis ainda é atual.
A despeito daquele caixa ser o mais assaltado e ter o maior índice de "saidinha de banco" na Tijuca (Conde de Bonfim com General Rocca), uma fila enooorme indo até parte da calçada. Lá dentro, ao lado direito da porta, uns trapos estendidos como cama, sacolas plásticas, um pratinho com ração para o filhotinho bem novinho, com cara de doente e que permanece deitado como bom filhote. Senti logo o odor forte de comida de cão já passada. E as meninas sorridentes pedindo um dinheiro a quem entra e a quem sai. Um rapaz abre sua sacola de compras e retira um saco de ração, abre e despeja um tanto numa sacola de plástico, o que as meninas aceitaram de bom grado. Fiquei surpresa com a confiança delas em conseguir mais pois uma disse a outra. Nossa, ele colocou muita comida, não precisava!
Todos que entravam olhavam as meninas. Uns ignoravam, outros olhavam com pena , outros com desprezo como se aquilo fosse o cúmulo pois nem debtro do banco se está livre de pedintes.
Uma senhora olhou com cara de desaprovação e eu, só consegui exclamar alto e quase chorando. "Que porra de sociedade é esta onde nós permitimos privilégios a bandidos, aposentadoria para parlamentar e uma hora dessas,( quase 20 horas), crianças se expondo a execração pública e a perigos."
O povo na fila me olhou com ares de tô nem aí e seguiu em frente.
O enredo de Os Miseráveis ainda é atual.
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