A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM
A nove meses para a minha aposentadoria me vejo demitida, sem motivo, pela empresa para a qual trabalhei duro por 22 anos. Já havia planos de no ano que vem, parar de trabalhar, concluir esses finalzinho de curso de Psicologia e ir morar na zona rural de alguma cidade próxima ao Rio. Contudo, a demissão me pegou de surpresa ainda mais quando a empresa diz. Não temos motivos. A senhora não nos deu motivo algum mas precisamos demitir.
Foram dois meses de sofrimento desde 06/12. Dois meses lutando para sermos ouvidos. Passeatas de alunos, audiência no Ministério Público do Trabalho, Audiência Pública no Sindicato. Idas e vindas, enquanto isso a empresa disparando notas nos canais internos para alunos e funcionários, notas cheias de ódio, de desrwspwito, de desqualificação do nosso trabalho é do nosso valor.
Vi amigos sofrendo muito, vi amigos adoecerem pois tal ato da empresa que ajudamos a construir e a elevamos ao patamar de hoje, foi uma traição lesa conduta. Traicao mortal, sem perdão. Sem contar com os cálculos completamente errados que fizeram dos direitos trabalhistas dos docentes e enquanto demitiam, expunha o professor, não liberando a guia do FGTS, quando liberada, sem a chave ou assinatura para dar entrada na Caixa Econômica. Não expedição das guias dedseguro desemprego.
Tudo o que podiam para dificultar a vida do professor, fizeram emcontinu fazendo.
Após enorme pressão do Sindicato é da iminemcia.de.1200 ações trabalhistas resolveram acatar os cálculos do Sindicato e pagar a todos como deveria.
Bem, passado o primeiro impacto e os contorcionismos a que tive que fazer para adequar minha renda a meu estilo de vida( que tive que mudar radicalmente claro) partindo da premissa que, o mercado não tem condições de absorver tantos profissionais da minha área , bem como ter como profissão somente o magistério, não conto com uma alocação, principalmente pelos meus 54 anos de idade em comparação a outros docentes mais jovens que, como eu, foram demitidos as vésperas do Natal num evento que denomina "demissão em massa" o que era proibido pela CLT antes da reforma, o que penso que não deveria incidir sobre meu contrato de trabalho. Eu não penso em trabalhar para mais ninguém. Viver uma vida com economia monástica, espartana mesmo, com o mínimo do mínimo desde que mantenha o plano de saúde.
Superado o primeiro impacto e já conformada, digo, quase feliz. Passei um Natal do caralho mas meu Réveillon foi maravilhoso graças a minha amiga e irmã, A.M.
Pois bem, entre idas e vindas e a ação precisa do Sindicato da Classe SINPRO -Rio, me vejo agora, REINTEGRADA. Eu sou o morto que não morreu, protagonista do filme A VOLTA DOS QUE NAO FORAM.
Mais um ano de empresa para cumprir a Lei e o acordo celebrado entre empregador e Sindicato.
Vamos replanejar os planos. Agora, com exceção dos amigos da minha área decurso, sou "persona non grata" entre os outros docentes demitidos que teimam em me excluir do grupo da demissão em massa. Rever as estratégias para o ano, para o curso de Psicologia que não poderei concluir este ano poisna carga horária de trabalho não permite muitas disciplinas. Sem receber salário até o presente momento, volto. Mas volto tranquila, pois, em uma situação inevitável, as coisas acontecem como têm que acontecer. Um ano passado rápido.
Mas ando assim, fazendo contas do que gasto.
É muito triste e vergonhoso da forma em que demitiram os melhores professores que tivemos da Universidade Estácio de Sá, além de não valorizar os melhores profissionais, fizeram pouco caso com os alunos todos foram prejudicados de alguma forma, não me orgulho de fazer parte dessa instituição de ensino, que se diz ser uma instituição séria, renomeada com essa nova administração parece que as coisas só pioraram não só para os professores mais também para nos alunos, Lucy que Deus te der forças e saiba que fez o seu papel muito bem feito, eles não sabe o valor que você e muitos tem para nos alunos, erga a cabeça e siga em frente, minha querida professora.
ResponderExcluirBjs e sucesso a luta não para faça oque gosta.