Meu domingo com Fernanda Montenegro


Bom dia meu leitores queridos. Amigos, alunos e aficionados pelas baboseiras que escrevo. Segue o texto de hoje.

Depois de uma noite insana de dor de cabeça – digna do nome cefaleia- começo o dia lendo jornal para ficar cheia de ideias. E realmente, fiquei plena delas. Por fim o horóscopo do jornal (embora não acredite, eu o leio.  há há ha. Vai explicar!), bem, o horóscopo do jornal recomenda prudência com as palavras bem assim:  ”É tempo de ter cuidado com o valor das palavras, pois elas podem ser medidas pelo que está nas entrelinhas.” Hummmm!!!!! Boiei na advertência, pois se o que mais quero quando escrevo é que algum nobre leitor leia as entrelinhas.
Entre tantas ideias, penso em escrever sobre menstruação e como esse nome é horrível e os diversos nomes que dei a ela desde a menarca (outro nome que também acho horroroso), assim como no fato de que os homens deveriam ter algum ciclo mensal que lhes fosse equiparado em tortura física e emocional, para só assim entenderem nosso hermetismo mensal. Época em que toda mulher vira elefante, ou seja, fica de tromba.
Pois bem, comecei a leitura do Jornal, como sempre, pelas manchetes e topo, na coluna do Merval Pereira  com um assunto que tem me preocupado ultimamente – o extremismo de alguns pseudos defensores do cidadão - PDT, PCdo B, PT- que se reúnem em blocos para se insurgirem seja lá pelo que quer que seja, sem nenhuma fundamentação teórica. Vale a pena ler a coluna do Merval sobre grupos que se reuniram em frente ao MAR – Museu de Arte do Rio, no dia de sua inauguração e impuseram aos gritos suas frases de ordem ( na verdade xingavam os outros de FDP e outros bichos mais), contra a reforma na legislação portuária, contra o choque de ordem no Rio, contra a Reurbanização da Cidade pelo prefeito engomadinho Eduardo Paes.
Por que não se insurgem contra a permanência de José Sarney na política? Por que não se insurgem contra a desfaçatez do ex-presidente que sempre se colocou como o marido traído – o corno manso – era sempre o último a saber das coisas?  Por que não se insurgem contra a péssima política para a educação pública? Por que não vão lavar a louça na pia?
Na boa, EU SOU A FAVOR da reforma na legislação portuária – chega de entregar as cargas nas mãos de poucos  grupos – sem concorrência não há melhoria na prestação do serviço. Se bem que não li ainda sobre o que se trata a reforma, o que acredito que muitos dos manifestantes também não o fizeram. Outra coisa, SOU TOTALMENTE A FAVOR da reurbanização da Cidade. O Rio estava abandonado, sujo, mijado, escarrado, cagado em todas as suas ruas. Prédios e obras horrendas como o da UERJ, o Elevado da Perimetral, o Elevado Paulo de Frontin, a Rodoviária Novo Rio, o Porto que estava abandonado. Obras horrorosas do tempo da ditadura militar que expressam bem as palavras de Foucault em sua belíssima obra Vigiar e Punir.
Continuo lendo o Jornal e vou para o Segundo Caderno. Ali sim algo que traz prazer em ler. Fernanda Montenegro do alto de seus 83 anos nos brinda com toda a sua sabedoria que só os anos trazem e nos fala sobre envelhecer com um realismo e ao mesmo tempo com aceitação de que tudo isso é parte da vida. Fernanda, Fernandinha que nos deus uma prole de belos e grandes artistas ao se unir ao também maravilhoso Fernando Torres. Que mulher sensacional! Gostaria de conversar com ela por alguns minutos, gostaria de ser sua amiga. Ante a impossibilidade de tais feitos, resta-me o consolo de ser sua admiradora (não direi fã porque isso me iguala aos fãs de celebridades como o Michel Teló).
Largo de mão o Segundo Caderno e vou para a Revista de Domingo, folheio que folheio e a única coisa legal é a matéria sobre a felicidade do Carioca;  o resto é tudo lixo redacional de quem não tem o que falar tal como um jacaré de contas do Arqueiro. Igual ao seu jacaré já vi poodles, girafas e outros bichinhos nos chaveiro vendidos nas lojas de 1,99 em Vilar dos Teles. Nada demais e nada original, tudo copiado, mas o povo é besta e engole tudo. Não me admiraria se de repente, haja uma corrida pelo tal bicho, que eu, particularmente acho horroroso e de mal gosto. Na boa, tomara que ele venda bastante, porque artista também come e paga a conta de luz sem precisar pedir à mãe ou aos amigos (sou mãe de artista e sei bem como é essa coisa de “mãetrocínio”).
Humm depois de descartar os recheios do jornal, recebo a VEJA com uma matéria que ainda na li mas me atraiu a manchete pois fala sobre o cérebro humano. Como a VEJA é muito rasa, não creio que lerei nada muito mais interessante do que li em Galileu ou Psique.
Pois bem meus amigos, ainda estou aqui a pensar nas palavras de Fernanda Montenegro e do Merval Pereira. O Jornal para mim hoje já deu!
Bom dia a todos nesta cidade maravilhosa, linda coroada por um sol claro. Feliz de nós que adotados ou nativos, somos cariocas pois moramos onde os outros tiram férias.
Por Lucy Figueiredo ou Uxelia da Hiperbórea em 03 de Março de 2013

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