O Que é o Natal?
A Bíblia relata apenas duas celebrações de aniversários natalícios, ambas de pessoas que não eram servos do verdadeiro Deus dos Hebreus.
O primeiro foi o do Faraó do Egito. Ficou assinalado pelo enforcamento do padeiro de Faraó, que estivera na prisão junto com José. (Gên. 40:18-22)
O segundo, uns 1.800 anos mais tarde, foi o aniversário natalício de Herodes Antipas. O relato em Marcos 6:21-24 reza: e lá se foi a cabeça de João Batista.
Mas aí veio o capitalismo irmão siamês do consumismo que aliados a uma boa campanha de marketing, popularizou festas e comemorações como Páscoa, Natal, Ano Novo, aniversários, dia disso e dia daquilo.
Afora toda essa questão religiosa, pois sou pagã assumida e tenho meus deuses, não gosto dessas festas coletivas comerciais. Porque elas excluem os pobres, os carentes, os que nada têm a oferecer de material. e que vivem cercados por uma sociedade consumista onde TER vale mais que SER.
Comemoro a chegada do verão, a primavera, o outono. Comemoro a colheita, comemoro a Natureza porque nela é que Deus se manifesta.
Então vêm os profestas do apocalipse pregando o fim do mundo, justamente num momento crítico da história das sociedades, da derrocada das grandes nações, da derrocada dos valores morais e éticos com o intuito de desviar a tenção para os problemas cruciais pelos quais passa toda a raça humana com risco de extinção por conta de suas práticas consumistas , predatórias e utilitaristas. E o mundo não acabou, não dessa vez, assim pode-se comemorar o Natal sem medo enquanto milhares morrem de fome, sede, miséria, doenças. Centenas são mortos no trânsito, leis são votadas na calada da noite. Povos primitivos da terra são expropriados, retirados de suas terras, de sua gente. Quem precisa de fim de mundo se tem o próprio ser humano dizimando o seu semelhante e outros seres que são essenciais a manutenção do meio ambiente? Quem precisa de uma catástrofe se o ser humano é causa primeira de sua própria derrocada?
Raniere comunicou que vem passar a noite de Natal conosco, então eu vou à rua, comprar ( eu disse isso, comprar) a ceia e na rua, observando as pessoas percebo como é difícil não se contagiar com essa festividade. Lembro que o Raniere gosta da árvore de Natal, e até a árvore de Natal foi abolida. Eu e Tuty pensamos em comprar uma amanhã. Não Tuty, nada de árvores. Tenho que me segurar para não comprar presente pra Maria Eduarda, nem pra Ariel Figueiredo, afilhados queridos, nem uma lembrancinha pra mainha ou para o Tuty. Faço esforço para lembrar que em fevereiro vem a lista de material escolar da Duda, o I.R. em Março, o IPTU. Jesus vai entender. À Cesar o que é de Cesar, a Deus o que é de Deus: dinheiro, comércio, compras, lucros à Cesar, meu coração, minha fé, minhas práticas diárias a Deus ( aos deuses).
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