Eu sou PÃE (pai e mãe).
Eu sou PÃE (pai e mãe). Parabéns
para mim.
Obrigada Deus por haver me
concedido sabedoria para saber dosar (mas nem sempre eu o consegui na medida
certa) minhas ações na educação dele, que foi é e será até outras vidas a razão
de tudo, responsável por todos os meus méritos.
No processo de criação,
educação e formação do meu filho muitas vezes eu exclamava: Deus, como essa
criaturinha exerce poder sobre mim, sobre minhas ações, como essa criaturinha tem
o dom de transformar meu dia, para melhor, e para pior. Como essa criaturinha
me faz transbordar de amor, um amor jamais experimentado e difícil de ser
verbalizado.
Ser pãe não é tarefa das mais
fáceis, e só é possivel o sucesso quando temos o olhar no futuro, mesmo quando
no presente ficamos enlouquecidas como aquilo que é inerente ao amadurecimento
humano - os erros, a insensatez juvenil.
Sou pãe desse menino, meu
Docinho e hoje, olhando para esse homem em que ele se tornou - experimento a
sensação de dever cumprido (pelo menos a pior parte do dever). Sofri, penei,
passei noites acordadas com um terço nas mãos, orando a Deus por uma proteção
ao meu filho, por sabedoria para educá-lo dentro de um código de valores
elevados.
Obrigada Deus por ter me
criado e por ter-me ajudado a criar o meu rebento, o meu Docinho.
Heroína
eu não sei, porque os heróis estão todos mortos. Mas responsável. Especialmente
como mãe ou pãe, não havia espaço para ser diferente. Jamais compensei minhas
ausências com presentes, jamis deixeis de falar quando era necessário, jamais deixei de elogia quando fazia por
onde e de castigar quando merecia. Creio que como eu, tem muitas outras,
milhares delas por aí. Porque meu filho sempre veio e sempre esteve em primeiro
lugar. Meu filho sempre foi a razão de tudo!
Coisas difíceis de resolver
quando se é PÃE (pai e mãe).
1) quando aos 4 anos
depois de se dar conta da marca da minha cesariana e eu lhe disse que fora por
onde ele nascera. No final do dia, enquanto o acalentava nos braços para
dormir, ele me vem com essa pergunta: Mãe se foi pelo dodói que eu saí, por
onde foi que eu entrei? (Dããããã..Durma agora que quando você acordar mamãe
conta tudo. kkkkk).
2) quando aos nove
anos ele não queria ir para a ACM onde fazia natação, o que ele não faltava nem
caindo neve. Por que você não queri ir menino? Ele: porque eu não sei pra que
lado eu ponho meu pinto na sunga. kkkk. Tá vamos ligar pro seu pai pra ver se
ele sabe se tem lugar certo. ( Eu honestamente não sabia que existia uma
etiqueta para se guardar o pinto nas cuecas.kkk). Liguei pro pai e disse que
isso era prioridade que por favor ensinasse o filho a guardar o pinto nas
cuecas e, especialmente na sunga de praia. Depois das férias perguntei-lhe se
aprendeu. Ele disse:
Mãe isso é assunto de homem. (Veja você, se eu me aguento com isso!).
3) quando aos 6 anos ele me pediu
para ensinar a beijar na boca, para poder beijar a sua "namorada" Ana
Paula.
4) quando aos 7 anos com a família
reunida, foi perguntado o que queria ser quando crescesse. Ele disse: Mendigo! Kkkk
5) Quando aos 4 anos perguntei-lhe
porque era tão levado na escola e porque tantas vezes eu tinha que ir falar com
a orientadora educacional da MABE(escola) e ele me disse baixo ao meu ouvido em
tom de segredo. Acho que sou 'discriminado'. Discriminado? Por que você acha isso?
Ele: porque eu sou louro. E eu:não seria porque você é um pestinha e quer
assistir aula em baixo da carteira? Ele: Não mãe, é porque eu sou louro. Filho,
o que é ser discriminado? Ele: Não sei não mãe, mas eu sou.
6) as perguntas constantes: Mãe
porque meu pai não gosta de mim? Eu: como assim menino, seu pai ama você! Ele:
então porque ele nunca pode vir aqui, sempre sou eu quem vai pra lá nas férias
? Eu: ora, porque é mais divertido eu você viajarmos já que você passa todas as
férias e o seu aniversário com ele,
Meu filho foi um menino acima
da média, no sentido de que suas preocupações iam além dos seus álbuns de
figurinhas, ou do que montar com seu inseparável LEGO. Era um menino
observador, atento aos sentimentos e dramas que ocorriam na família. Era
um menino que pensava e acima de tudo SENTIA. Meti-me em muita briga com
'educadoras' e com a própria família, para defender a liberdade de expressão
dele. Não me arrependo. Meu filho já quis ir para a NASA, já desenhou artefatos
para livrar a terra da colisão com um asteroide, já perguntou à psicóloga da
escola porque ela ficava cuidando dele se o filho dela estava em casa com a
babá, já apagou o quadro da professora porque ela escreveu que o coelho punha
ovos de páscoa. Já perguntou À Madre, professora de religião como podia Jesus
ter nascido sem os pais fazerem sexo. Ai meu Deus!!! Já levou a turma inteira
para dentro do mato que cercava a escola para procurar GNOMOS. Ganhou o apelido
de "menino maluquinho", e eu sempre dizendo: as escolas não estão
preparadas para receber seres evoluídos como você, por isso você precisa usar
seu disfarce e parecer como eles, tentar não descumprir as regras deles...Ai ai
ai..Eu e minha imaginação, meu filho tinha motivos para ser como era...kkkkk
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